quinta-feira, 24 de maio de 2012

O silêncio ensurdecedor do meio da tarde de uma casa com duas crianças pequenas denunciava que alguma coisa poderia estar errada. Ansioso por certificar-se de que tudo estava bem, sai à procura, pelos cantos da casa, dos “anjinhos silenciosos”. A menor, que causava menos preocupação, estava dormindo. Entre um ambiente e outro, finalmente encontrei o mais velho no banheiro, sentado na pia. Ao lado, a cadeira que usara para subir ao ponto de usar o espelho. Ele tinha um pouco de sangue na mão, mas a quantidade maior estava na face. Procurei não mostrar-me assustado e evitei a pergunta: “O que você está fazendo?” Estava claro: o barbeador nas mãos indicara que ele estava fazendo a “barba”. Nada de anormal, se ele não tivesse apenas três anos! Agora fazia sentido às vezes em que me pediu para ficar sentado na pia do banheiro, olhando-me barbear. Soube que a sua oração naquela noite foi contar para o Papai do Céu o seu fracasso em se barbear e prometer que não faria mais.
Imitar alguma coisa dos pais é uma experiência comum às crianças. Quem nunca viu uma menininha desfilando pela casa com o sapato alto da mãe ou se maquiando? Assim como os filhos imitam os pais, a Bíblia fala que os cristãos genuínos devem imitar o Pai Celestial, Deus. Escrevendo para a comunidade cristã de Éfeso, Paulo exortou: Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados, e vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus (Ef 5.1-2). É curioso que este é o único texto no Novo Testamento em que os crentes são chamados para imitarem a Deus.



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